quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sid e Nancy, O Amor Mata (Sid and Nancy, 1986)


Não sou entusiasta de cinebiografias de estrelas do rock, pois geralmente giram em torno dos mesmos arquétipos: rebeldia, drogas, loucuras e alguma música. Sendo assim era de se esperar que Sid&Nancy não me conquistasse. O diretor Alex Cox foi extremamente reverencial com os Sex Pistols e sobretudo com o casal, mas devo admitir que seu retrata de Londres dos anos 1970 foi entusiasmante e alguns diálogos (sobretudo as alusões hippies X punks) bem espirituosos. Gary Oldmann para variar está excelente e, ao lado de Val Kilmer (Doors) foi uma das mais impressionantes "incorporação" de um músico no cinema. Ele está fisicamente parecido, mas sobretudo os trejeitos são idênticos aos de Sid. Já Chloe Webb está irritante como Nancy, mas vai saber se a própria não era assim. Ainda assim foi um bom passatempo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sorrisos de uma Noite de Amor (Sommarnattens Leende, 1955)

Primeiro sucesso internacional na carreira de Ingmar Bergman. Isso já seria o suficiente para atrair a atenção de quem é fã das obras desse diretor, mas o que mais me interessou foi fato do filme ser classificado como uma comédia romântica leve. E de fato é. Apesar dos traços de gênio e da maneira mais livre de tratar de sexo, o filme até pode passar como uma comédia americana típica dos anos 1950. E isso é um elogio (afinal, convenhamos o americanos são mestres da comédia). O enredo trata de encontros e desencontros amorosos durante uma noite de verão em uma mansão no começo do século XX (o título original "Sorrisos de uma Noite de Verão" é uma evidente referência a peça de Shakespeare "Sonho de uma Noite de Verão"). É uma bela forma de adentrar na filmografia de Bergman, embora os títulos mais representativos sejam totalmente diferente deste, eles priorizam dramas e conflitos de forte carga psicológica.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Top #3: Cantores no Cinema

Desde os primórdios, música e cinema sempre formaram uma combinação perfeita. O primeiro filme falado tinha que ser um musical. Portanto, nada mais natural que astros da música quisessem conquistar também o cinema. Alguns trilharam uma carreira  muito bem sucedida na telona que a de músico ficou em segundo plano e outros que mais parece querer utilizar os filmes como veículo para autopromoção do que tendências artísticas. 


 10º Jennifer Lopez
Filme chave: Selena (1997)

 9º Ice Cube 
Filme chave: Os Donos da Rua (1991)

 8º David Bowie
Filme chave: Fome de Viver (1983)

 7º Bjork
Filme chave: Dançando no Escuro (2000)

 6º Mark Wahlberg
Filme chave: Boogie Nights - Prazer Sem Limites (1997)

 5º Cher
Filme chave: O Feitiço da Lua (1987)

 4º Will Smith
Filme chave: MIB - Homens de Preto (1997)

 3º Madonna
Filme  chave: Dick Tracy (1990)

 2º Elvis Presley
Filme chave: Ama-me com Ternura (1959)

1º Frank Sinatra
Filme chave: O Homem do Braço de Ouro (1955)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Imagem Clássica #3: Nosferatu, Uma Sinfonia do Horror ((Nosferatu, eine Symphonie des Grauens, 1922)


O primeiro Drácula nas telas.
F.W. Murnau não obteve os direitos autorais do livro de Bram Stocker, dessa forma teve que mudar os nomes dos personagens e o aspecto do Drácula passou de sedutor a repulsivo. 
Cena clássica: curvado, Nosferatu projeta sua sombra maquiavélica espreitando os arreadores do seu castelo.

domingo, 3 de julho de 2011

O Homem Quem Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance, 1962)

Último filme relevante da carreira de John Ford, este western filmado em preto e branco (propositalmente) trata sobre a própria mitologia em torno do gênero. James Stewart é Ransom, um advogado que chega numa cidade no velho oeste e é brutalizado pelo pistoleiro Liberty Valance (Lee Marvim, em ótima caracterização). Seu único pensamento é pôr o criminoso na cadeia, mas é aconselhado o tempo todo por seu novo amigo Tom (John Wayne) a ser armar, pois só existe uma lei no oeste, a do gatilho mais rápido. 
Com sua reconhecida habilidade, Ford conduz uma trama clássica de vingança e abre espaço no seu derradeiro final a divagações sobre o implícito no filme. O olhar triste de Stewart talvez demonstre não só seu descontentamento em ter matado o criminoso, mas também por ser mais lembrando pelos habitantes da cidade por esse ato, ao invés de sua proeminente posição política.  Dessa forma "quando a lenda torna-se fato, imprima-se a lenda".

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cartaz #2: O Exorcista


O pioneiro.
Depois dele nada no território Terror foi o mesmo. História intrigante, cenas chocantes, elenco em sintonia, acontecimentos misteriosos durante a produção...todos os elementos certos para um filme genial e memorável. 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Igualdade é Branca (Trzy Kolory: Bialy, 1994)

A Trilogia das Cores é um impressionante monumento cinematográfico erigido pelo diretor polonês Krzysztof Kieslowski. A Igualdade é considerada o mais fraco da trilogia, o que não diminui sua força. Karol Karol é um polonês que é humilhado pela ex-esposa e vive nos metros de Paris, sem nenhum tostão. Com a ajuda de um compatriota volta a Polônia onde decide fazer fortuna para em seguida vingar-se da ex. 
É interessante notar como Kieslowski trabalha os ideias da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) em seus filmes, através de metáforas e direção de arte (note a onipresente tonalidade branca seja no céu nublado da Polônia ou em clarões evidentes). Dos filmes do diretor esse certamente é o mais acessível, embora hermético ainda.