terça-feira, 18 de maio de 2010

Se Meu Apartamento Falasse

(The Apartment, EUA, 1960)
Diretor: Billy Wilder
Elenco: Jack Lemmon, Shirley MacLaine, Fred MacMurray, Ray Walston

Jack Lemmon, em atuação excepcional, é Bud funcionário de uma grande empresa de seguros em Nova York. Solteiro, ele empresta seu apartamento aos chefes casados que têm amantes, na expectativa de subir assim na hierarquia da firma. Ao voltar para casa, uma noite, ele encontra a ascensorista (Shirley MacLaine), que amava em segredo, e descobre que ela tinha tentado o suicídio porque o chefe e amante (Fred MacMurray) recusava-se a divorciar-se da esposa e ficar com ela. Daí para frente os dilemas do pacato subalterno, entre o amor e o dinheiro, serão cada vez mais dolorosos. Enquadrado geralmente no gênero comédia romântica, a obra possui, entretanto uma amargura e melancolia latente. A começar pela vidinha de Bud dentro do fantasmagórico departamento onde trabalha, ele não passa de um João ninguém, mas um número dentro dos milhares de funcionários. Já em 1960 Billy Wilder destruía o "sonho americano" mostrando pessoas de moral duvidosa para a época. Acho que o público e Academia não entenderam a mensagem e a ironia contida, pois o filme não só foi um sucesso comercial como também faturou 5 Oscars. ☻☻☻☻☻

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Zumbilândia

(Zombieland, EUA, 2009)
Diretor(es): Ruben Fleischer
Elenco: Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone,Abigail Breslin, Amber Heard, Bill Murray.

Em um futuro próximo onde a terra está infestada por Zumbis, o jovem narrador Columbus segue uma rotina repleta de regras de conduta muito rigídidas para permanecer vivo, todas advindas de suas experiências com filmes do gênero. Em suas andanças acaba encontrando o mercenário Woody Harrelson e duas irmãs golpistas, além de Bill Murray como ele mesmo, em uma impagável participação. Zumbis, sangue, mutilações e comédia. Uma mistura que já proporcionou bons e maus momentos no cinema de Horror. Ainda bem que esse aqui se encontra entre os bons. Imperdível!
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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Premonição 4

(The Final Destination, EUA, 2009)
Diretor: David R. Ellis
Elenco: Uns jovenzinhos aí que ninguém conhece.

Eu adoro filmes de terror, pra valer mesmo. Aquelas mortes grotescas são uma beleza, uma maneira de aliviar uma pouco a tensão do dia a dia. Não que eu seja uma pessoa violenta é claro (rs). Mas algo que no gênero terror eu não suporto são as continuações. Cada idéia tosca pra trazer de volta os vilões ou, se não trazem ninguém de voltam, retornam com a mesma idéia do antecessor. Aí é o fim da picada! A premissa dos 4 premonições são idênticas: jovem prevê uma tragédia violentíssima e salva os amigos da morte, entretanto a morte vai buscar cada um que se safou da tragédia anterior. Dai o festival de mortes bizarras vira o grande destaque do filme. Topei a idéia e topei com a continuação. Mas esse Premonição 4 é muito infame e tosco mesmo (os efeitos são ridículos). Pensei que ao menos em 3D tivesse alguma graça, mas nada ocorreu, além de sono e frio (a sala era muito gelada!).

Ilha do Medo

(Shutter Island, EUA, 2010)
Diretor: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo Di Caprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Max Von Sydow, Michelle Williams, Emily Mortimer, Patricia Clarkson, Jackie Earle Haley, Ted Levine, John Carroll Lynch,Elias Koteas.

Não entendo tanta controvérsia em torno de Ilha do Medo. É um bom suspense, bem acima da média dos que vem aportando nos cinemas. Grande parte da crítica considera que por ser um Scorsese deve ser sempre uma obra-prima tão genial quanto seus melhores filmes do anos 1970. Não é uma obra-prima, claro, mas não faz feio perante a filmografia do mestre (que diga-se, tem obras bem mais inferiores). Durante o período da guerra fria e caça aos comunistas nos EUA, os detives Ted e Chuck vão investigar um desaparecimento em um Hospital psiquiátrico e presídio localizado numa ilha impenetrável. Logo vão se deparar com uma teoria conspiracionista. Ou não. Misterioso, elegante e cheio de referências cinematográficas (em especial aos filmes B e a Hitchcock). Não, esse não é um Scorsese menor, eis uma grande pedida. 
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mary e Max - Uma Amizade Diferente

(Mary and Max, Austrália, 2009)
Diretor: Adam Elliot
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana
O filme trata de uma amizade por correspondências entre dois "desajustados": a tímida e reclusa australiana Mary e o anti social e obeso americano Max. A amizade dura mais de 20 anos só por cartas e acompanha as várias mudanças na vidas dos personagens. Sem medo de tratar de temas pesados (solidão, alcoolismo, deficiência, bully, obesidade, depressão etc) e com humor o filme não recua ante o sentimentalismo, entretanto o faz com tanta competência e carinho que é impossível ao final não se emocionar com seu desfecho.
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domingo, 9 de maio de 2010

50 Melhores Filmes

50. Rocco e Seus Irmãos (1960)
Luchino Visconti

49. Acossado (1959)
Jean Luc Godard

48. A Mosca (1986)
David Cronenberg

47. A Noite dos Mortos Vivos (1968)
George Romero

46.Festim Diabólico (1948)
Alfred Hitchcock

45. Não Amarás (1988)
Krzysztof Kieslowski

44. O Piano (1993)
Jane Campion

43. Os Olhos da Cidade São Meus (1987)
Bigas Luna

42. A Hora do Lobo (1968)
Ingmar Bergman

41. Repulsa ao Sexo (1965)
Roman Polanski

40. A Fraternidade é Vermelha (1994)
Krzysztof Kieslowski

39. Trainspotting - Sem Limites (1994)
Danny Boyle

38. Antes do Amanhecer (1995)
Richard Linklater

37. Janela Indiscreta (1954)
Alfred Hitchcock

36. Johnny Vai a Guerra (1971)
Dalton Trumbo

35. Levada da Breca (1938)
Haword Hawks

34. Mistérios e Paixões (1991)
David Cronenberg

33. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)
Woody Allen

32. O Grande Ditador (1940)
Charles Chaplin

31. Sem Destino (1969)
Dennis Hooper

30. A Vida de Brian (1979)
Terry Gillian

29. Tempo Modernos (1936)
Charles Chaplin

28. Taxi Driver (1976)
Martin Scorsese

27. Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Billy Wilder

26. Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)
Quentin Tarantino

25. Persona (1966)
Ingmar Bergaman

24. O Pianista (2003)
Roman Polanski

23. O Grande Lebowski (1998)
Joel Coen

22. O Bebê de Rosemary (1968)
Roman Polanski

21. Fale Com Ela (2002)
Pedro Almódovar

20. Rebecca - A Mulher Inesquecível (1940)
Alfred Hitchcock

19. Ran (1985)
Akira Kurossawa

18. Psicose (1960)
Alfred Hitchcock

17. Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois (1962)
François Truffaut

16. Gran Torino (2008)
Clint Eastwood

15. Crepúsculo dos Deuses (1950)
Billy Wilder

14. Cantando na Chuva (1952)
Stanley Donen e Gene Kelly

13. A Fonte da Donzela (1959)
Ingmar Bergman

12. A Bela da Tarde (1967)
Luis Buñuel

11. 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968)
Stanley Kubrick

10. Fúria Sanguinária (1949)
Raoul Walsh

9. Luzes da Cidade (1931)
Charles Chaplin

8. Bastardos Inglórios (2009)
Quentin Tarantino
 Tarantino é o cara! Ele pega uma das épocas mais negras da humanidade, modifica as coisas, uma pitada de humor aqui, sanguinolência acolá e voilá eis uma obra-prima (ele já deve até estar acostumado com essa alcunha em seus filmes).

7. O Poderoso Chefão (1972)
Francis Ford Coppola
Gangters e Opera. Quem disse que isso não era possível? Coppola provou que era e eis um dos melhores filmes americanos (e isso não é pouco).

6. O Homem Elefante (1980)
David Lynch
Nas mãos de muitos diretores resultaria em um tremendo melodrama, nas mãos de outros (até mesmo do próprio Lynch) seria um horror ou arte cabeçuda. No entanto Lynch agregou tudo e nos entregou uma obra-prima expressionista e tocante.

5. A Felicidade Não Se Compra (1946)
Frank Capra
Um filme para se ver sempre com um sorriso no rosto. Simples e Profundo, não deixa-se cair na armadilha do pastelão e nem do melodrama. Quantos filmes não queriam acertar a mesma fórmula?

4. O Sétimo Selo (1956)
Ingmar Bergman
Embora seja a obra mais acessível de um dos diretores mais reclusos e enigmáticos, o filme mantém uma atmosfera sufocante e uma mensagem simbólica para quem acredita ou não em Deus.  

3. Laranja Mecânica (1971)
Stantaley Kubrick
Perturbador até a medula, o filme transita o tempo todo entre o clean e o kitsh, mas se sobressai graças ao talento e perfeccionismo do mestre Kubrick.

2. Os Incompreendidos (1959)
François Truffaut
Delinquência juvenil e adolescentes incompreendidos pelos adultos já foi e é matéria prima para diversos filmes, mas nenhum conseguiu um resultado tão encantador e delicado quanto Truffaut alcançou em seu primeiro filme.

n1.Um Corpo Que Cai (1958)
Alfred Hitchcock
Mistério, Obsessão e loucura embalados por uma trilha sonora assustadora. Hitchcock se superou nesse filme que, embora carregue sua marca se distancia bastante das demais películas de sua filmografia. 

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Nada Melhor que um Top para recomeçar a escrever no blog, após um hiato de mais de 1 ano. Aqui foram os meus filmes preferidos do momento.