
Único gênero que é capaz de consagrar filmes e diretores medíocres, o horror devido a isso arregimento inúmeros detratores da sua arte. Muitos desses detratores esquecem-se de filme fundamentais do cinema que se apoiaram no gênero (como o O Gabinete do Dr. Caligari e Nosferatu). Acredito ser muito limitador restringir o terror como um gênero para as massas. Existe sim filmes realizados com o único objetivo de faturar. Isso existe em qualquer gênero. Outros filmes, entretanto, escondem muito mais do que aparentemente querem dizer. Basta apenas ler nas entrelinhas...
Dentro do gênero e o meu preferido são os filmes de zumbi. E dentro dele não existe obra melhor e mais definitiva do que A Noite dos Mortos Vivos de 1968.
Este é um dos filmes mais influentes da história do cinema de terror. Seguindo os ensinamentos de Roger Corman, George Romero tirou o vampirismo (expresso na figura do morto-vivo) de sua moldura romântica e reestilizou como metáfora dos medos da sociedade americana de sua época. A lição aprendida com Corman foi usar a criatividade para aproveitar o orçamento (de US$ 125 mil): fotografia em preto-e-branco, recrutamento de atores no local das filmagens. A história é crua e simples. Atacados subitamente por cadáveres, algumas pessoas se refugiam numa fazenda. Sitiadas pelos zumbis canibais, vêem pela TV que a ameaça se espalha pelo país. Romero toma emprestado muito do clima claustrofóbico de Os Pássaros, de Hitchcock, e adiciona sangue e vísceras, que mais tarde iam se tornar atração principal dos filmes de seus seguidores, como Tobe Hooper, Wes Craven e John Carpenter. Os efeitos "nojentos" podem ser ridículos hoje, mas a naturalidade das interpretações surpreende (com boa parte do elenco composto por amadores). O filme mistura crítica social (os cadáveres são reanimados por contaminação radioativa), terror psicológico e violência explícita. É o primeiro de uma quadrilogia sobre zumbis copiado à exaustão (o que tirou muito do impacto que o filme um dia teve).
☺☺☺☺
Dentro do gênero e o meu preferido são os filmes de zumbi. E dentro dele não existe obra melhor e mais definitiva do que A Noite dos Mortos Vivos de 1968.
Este é um dos filmes mais influentes da história do cinema de terror. Seguindo os ensinamentos de Roger Corman, George Romero tirou o vampirismo (expresso na figura do morto-vivo) de sua moldura romântica e reestilizou como metáfora dos medos da sociedade americana de sua época. A lição aprendida com Corman foi usar a criatividade para aproveitar o orçamento (de US$ 125 mil): fotografia em preto-e-branco, recrutamento de atores no local das filmagens. A história é crua e simples. Atacados subitamente por cadáveres, algumas pessoas se refugiam numa fazenda. Sitiadas pelos zumbis canibais, vêem pela TV que a ameaça se espalha pelo país. Romero toma emprestado muito do clima claustrofóbico de Os Pássaros, de Hitchcock, e adiciona sangue e vísceras, que mais tarde iam se tornar atração principal dos filmes de seus seguidores, como Tobe Hooper, Wes Craven e John Carpenter. Os efeitos "nojentos" podem ser ridículos hoje, mas a naturalidade das interpretações surpreende (com boa parte do elenco composto por amadores). O filme mistura crítica social (os cadáveres são reanimados por contaminação radioativa), terror psicológico e violência explícita. É o primeiro de uma quadrilogia sobre zumbis copiado à exaustão (o que tirou muito do impacto que o filme um dia teve).
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