
O único objetivo da família de Giacinto Mazzatella - trinta e tantas pessoas amontoadas num imundo barraco, numa favela romana- é roubar-lhe o milhão de liras que ele recebeu do seguro ao perder o olho num acidente de trabalho; dinheiro que esse patriarca dessa tribo de Feios, Sujos e Malvados recusa-se a dividir com eles. Para conseguir a grana, mulher e filhos chegam a servir-lhe macarrão com veneno de rato, para defendê-lo da sanha dos parentes, Giacinto não recua diante de qualquer expediente. Nada, nem mesmo a aparição em sua vida de um amor desinteressado, rompe o sórdido círculo em que vivem na favela à qual, lá embaixo, a Roma civilizada e de Primeiro Mundo vira as costas, indiferente. A linguagem que o diretor Ettore Scola utiliza é a do neo-realismo; atores desconhecidos, muita filmagem ao ar livre, com luza natural, produção barata. E seu humor negro traz latente, sem ser necessário torná-la explícita e panfletário, a indignação com a injustiça que condena essa gente a repetir, em sua vida, um ciclo sempre igual.
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1 comentários:
Camila, adorei seu blogue.
Chico.
www.interney.net/blogs/filmesdochico
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