quinta-feira, 10 de julho de 2008

Hitchcock Parte I


Resolvi hoje falar de alguns filmes de meu diretor favorito: Alfred Htchcock. Afinal quem não gosta de pelo menos um de suas numerosas obras-primas? Ainda existem vários filmes, alguns clássicos como Pacto Sinistro (1951), A Dama Oculta (1938) e O Homem Que Sabia Demais (1956), para eu assistir e poder avaliar melhor a obra desse diretor. Mas pelo que vi já é possível fazer um pequeno apanhado. Aqui segue a primeira parte.

  • O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1934) Casal de ingleses passa férias na Suíça acompanhados da filha, quando são surpreendidos por um crime. A vítima, antes de morrer, confia ao casal a informação de que um embaixador estrangeiro em Londres sofrerá um atentado. Terroristas descobrem o casal e sequestram a filha deles para garantir o silêncio. Um dos filmes mais fracos que vi de Hitch (considerando, claro sua filmografia extraordinária), a história em certo ponto fica muito confusa e não há empatia nenhuma com os protagonistas, o melhor mesmo fica por conta de Peter Lorre uma vez mais na persona de vilão. Fica contudo a curiosidade de ver o remake realizado em 1956 em Hollywood. ☺☺
  • Os 39 Degraus (The 39 Steps, 1935) Da fase inglesa de Hithcock, é considerado como a sua primeira obra-prima acabada. Estava no seu elemento espionagem e suspense. E Também já estava deixando em ponto de bala sua célebre fórmula: um homem é acusado de um crime e precisa perseguir o criminoso para provar sua inocência. Mas aqui o diretor exorbita na invenção. A idéia de ligar por um par de algemas este homem e a garota que o toma por um perigoso assassino é provavelmente a mais aguda metáfora que o cinema criou do amor ( prenunciado ainda quando os dois acham que se odeiam). E Mr. Memory, personagem que entra apenas no final , é um dos mais belos e trágicos tipos criados pelo grande mestre. É um filme para se ver de joelhos. ☺☺☺☺☺
  • Rebecca, A Mulher Inesquecível ( Rebecca, 1940) Primeiro filme de Hithcock nos EUA, produzido por David O. Selznick (quando ainda colhia os louros por ...E o Vento Levou). Adaptação do livro homônimo de Daphne Du Marier (que alguns consideram plagio do romance brasileiro "A Sucessora"). É história de uma jovem humilde (Joan Fontaine), que se casa com um inglês muito rico (Laurence Oliver) e vai morar na mansão na qual ele vivera por muito anos com a sua primeira esposa, Rebecca. O filme, na verdade, especula sobre medo, angústia, paranóia e o sobrenatural, escondidos atrás de fatos aparentemente normais. Exatamente o tipo de material que Hitch precisava para impor seu estilo. Não por acaso, Rebecca foi premiado pela Academia, virou clássico e deu muito dinheiro a Selznick. ☺☺☺☺☺


  • Sabotador (Saboteur, 1942) O fato que inspirou o roteiro deste quinto filme americano de Hithcock foi a existência nos EUA de organizações pró-nazistas extremamente atuantes. BarryKane (Robert Cummings), jovem empregado de uma fábrica de aviões militares, é acusado de incendiar suas instalações. Empenhado ao mesmo tempo em escapar da polícia e encontrar o verdadeiro sabotador- um certo Fry (Norman Lloyd)- Kane empreende uma via crúcis de ponta a ponta dos EUA. Hithcock considerava o excesso de idéias o principal defeito deste filme, contudo é um dos filmes mais divertidos do diretor. ☺☺☺☺
  • A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943) O filme preferido do mestre e de muitos críticos. Na história Tio Charlie (Joseph Cotten) vem visitar seus parentes na cidadezinha de Santa Rosa, mas sua sobrinha, também chamada Charlie (Teresa Wright), começa a suspeitar de que ele é o famoso assassino da viúva alegre, que saiu da Filadélfia para a Califórnia fugindo da Lei. O andamento é lento propositalmente para captar o modo de vida interiorano de americano e a psicologia de seus personagens nunca foram tão bem trabalhados pelo mestre quanto nesse filme. ☺☺☺☺
  • Um Barco e Nove Destinos (Lifeboat, 1944) Após uma batalha no Atlântico durante a Segunda Guerra, envolvendo um navio e um submarino alemão, alguns sobreviventes tentam escapar em pequeno barco. Eles resgatam um naufrago alemão e daí cresce a tensão do grupo por causa dos diferentes posto de vista de cada um. Um trabalho primoroso de Hitch que evidenciam seu talento e manipular as expectativas do público somente se utilizando de personagens complexos e uma trama engenhosa (aqui neste filme nem tanto, a trama até que é simples), sem nenhum efeito ou exagero. ☺☺☺

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